Bem vindo...

A consultoria é um misto de conhecimento, muita informação, informação constantemente atualizada, empatia, percepção, sintonia interna e empatia, visão sistêmica, facilidade de encontrar caminhos e soluções, propensão e arte para a ação, novamente empatia, muito bom senso e muita facilidade de interação pessoal. Enfim, é simples, mas não é fácil!



Crônicas Corporativas

De volta ao blog com temas voltados ao mundo corporativo, temos algumas crônicas que poderiam ser contadas em rodas ou reuniões. Trazem uma caricatura das situações que além de descontrair fazem refletir. Cada um na sua profissão, com seus líderes e gerentes, de certa forma já passou por isso. Não indiquei os autores pois esses não possuem, já devem ter caído no domínio público ou cada um que vai contando aumenta alguma coisa, estou reproduzindo conforme a ultima versão que encontrei..he..he...

Ah, tem também uma novidade, se olhar no canto inferior direito do blog (opaaa... direito, esquerdo, superior, inferior, onde estou... rs.. logo abaixo dos peixes...) vai encontrar um cantinho do PodCast com algumas matérias do Ricardo Vargas. Na minha opinião é um dos melhores "explicadores" da relação corporativa que tange Gerenciamento de Projetos e Consultoria. Vale a pena ouvir seus Podcasts, que tem em média 5 minutos e são bastante elucidativos, curta as dicas. Quem sabe um dia eu também não monte um serviço desses, pra dar dicas sobre algumas áreas em que estou me especializando... quem sabe...
Boa leitura...


kein teinku tein mê dô

Uma nova doença chamada “kein teinku tein mê dô” (ainda sem tradução para Português) foi descoberta recentemente por um grupo de cientistas japoneses. Ela vem se alastrando rapidamente entre os executivos do alto escalão em grandes organizações e está sendo conhecida como a doença do executivo do século 21. Veja abaixo seus sintomas e avalie seu grau de exposição para desenvolvê-la.
No primeiro estágio da doença, o executivo olha o ”bléquibéuri” insistentemente como se procurasse algum furo para enfiar a sua cabeça ou aquele botão que faz a mágica do desaparecimento sempre que um funcionário quer discutir algum ponto mais delicado sobre seu trabalho. Este é o primeiro estágio do contágio da doença. Nele, os sintomas ainda são leves e há grandes chances de recuperação se o diagnóstico for feito precocemente.
O segundo estágio da doença se manifesta através de diversos episódios de  alucinações e amnésia, como: inventar pauta e serviço que não se esperava fazer para apresentar em um comitê executivo que não deveria existir, pois ele mesmo esqueceu-se de avisar para todos os integrantes do olimpo sobre a sua decisão de acabar com o comitê. Neste estágio, os sintomas são mais fortes e as chances de cura diminuem dramaticamente a cada episódio.
O terceiro e mais grave estágio da doença é marcado por episódios recorrentes e alternados de todos os sintomas citados anteriormente que, com o tempo, se tornam mais frequentes e de maior intensidade, como: exaltar seu orgulho pelo trabalho feito por sua equipe, mas achar que é melhor não divulgar o trabalho, pois outros executivos podem não entendê-lo. Ou, em crises agudas da doença, um diretor achar incrível a proposta de um projeto feita por seus funcionários, dar feedbacks, pedir ajustes no projeto e na reunião de aprovação, ele dizer: - “O projeto está muito consistente e coerente com tudo o que acreditamos. Por mim está excelente!”
O funcionário então faz a pergunta fatal que desencadeia a crise: - “Obrigado, senhor. Então, podemos começá-lo como planejado?”

Neste momento o diretor olha o “blequibéuri” procurando aquele famigerado botãozinho e diz: - “Hã?! começar? O que? Joaquim, você vai neste almoço que o Manoel marcou? É hoje?”

O funcionário, meio confuso, pergunta novamente: - ”O projeto, senhor. Podemos começar?”

Diretor: -“Projeto? Joaquim, aonde vai ser o almoço? Você vai de carro?”
Funcionário: -“É, senhor, o projeto!”

Diretor: - “Mas… quem aprova?”





Quem tem o Berimbau Maior?

Esta é uma daquelas histórias incríveis que mereceria ser contada numa mesa de bar, tomando aquele chopinho bem gelado. Ela aconteceu há uns 10 anos atrás com um amigo, que para preservar sua identidade, o chamaremos apenas como “Zé”.
 havia sido contratado para trabalhar em uma multinacional norte-americana de grande porte para cuidar de alguns projetos. No seu primeiro dia de trabalho foi com seu chefe, doravante denominado apenas como “Pururuca”, a uma reunião com o Sponsor daquele que seria seu principal projeto. O  foi todo pimpão para conhecer seus “clientes internos” e chegando na reunião foi se apresentando quando percebeu que ninguém respondia aos seus apertos de mão e sorrisos. Naquele momento, o  percebeu que havia algo errado. Os participantes se preparavam como quem se prepara para uma guerra. Soldados do chefe Pururuca de um lado da mesa e soldados do Sponsor do outro. Após 30 segundos de silêncio absoluto e olhares profundos, iniciou-se o dialogo entre o Sponsor e o chefe Pururuca, dando o tom da reunião.
Sponsor: - “Pururca, não aguento mais sua incompetência! Eu preparei um dossiê do Projeto Alpha e vou levá-lo ao VP!”
Pururuca: - “Que se f… (píííí) este seu Dossiê! Se o projeto está com problemas, a culpa é sua que muda o escopo toda hora! Não precisa levar para o VP, pois já falei tudo isso a ele!”
Neste momento, o Zé pensa com seus botões: - “Ai meu Deus… O que eu estou fazendo aqui?”
Sponsor, gritando com sangue no zoio: – “Ah, entendi! Você quer medir quem tem o berimbau maior? Vou te mostrar agora!!!”
O Zé fechando os olhos com toda força e com a mão na cabeça, diz: “Ai seu moço, não mostra este negócio aqui não!!!”
Sponsor, com voz decida de quem sabe o berimbau que tem: - “Reunião encerrada! Pururuca, não tenho mais o que falar com você. Me aguarde!”
No dia seguinte, o Zé descobriria quem tinha o berimbau maior… E não era o chefe. O chefe foi demitido e uma reunião de toda a equipe (umas 150 pessoas) com o VP foi convocada de emergência.
VP em tom solene abre a sessão plenária: – “Senhoras e senhores, como já deve ser de conhecimento de todos, o diretor Pururuca foi demitido hoje. Vocês sabem porque?  Por causa de todos os acontecimentos do projeto Alpha.”
Plateia: – Kri, Kri, Kri (silêncio total)
VP olha todos a sua volta e pergunta com a voz fria como aço: – “Quem é o responsável por esta DESGRAÇA deste projeto Alpha?”
O Zé, coitado, em seu segundo dia de trabalho, no fundo da sala, olhando para os lados desconfiado, levanta a mão e responde: - “E…E…Eu, Senhor?!”
VP, gritando alucinadamente retruca: “ESTA É A SUA ÚLTIMA CHANCE DE FAZER ESTE PROJETO DAR CERTO! ENTENDEUUU???? A DATA É NOVEMBRO, N O V E M B R O!!!! OUVIU? JÁ FRITEI O PURURUCA E VOU FRITAR QUEM MAIS FOR PRECISO SE ESTE PROJETO NÃO SAIR.”
O Zé, em tom militar: - “Sim, Senhor! Claro, Senhor! Tudo o que quiser, Senhor!”
Ao sair da sala, o Zé ouviu muitas palavras de apoio e conforto como: - “Caraca, véi! Cê tá f…(pííí). Este projeto é enrolado, pacas! Liga, não… Eu mesmo já fui mandado embora por ele umas 8 vezes. Daqui a pouco ele esquece…”
Bem amigos, vocês devem estar se perguntando… E o Zé? O Zé entregou o projeto em Novembro como o VP queria, mas ele nunca esqueceu o tamanho do Berimbau do Sponsor. Tanto que até hoje, 10 anos depois, o Zé corre só de ouvir ao longe uma roda de capoeira…
Sponsor = patrocinador do projeto, entusiasta que conhece toda a rotina da empresa e sabe o que o projeto pode proporcionar de melhorias à empresa.
VP = simplesmente o Vice Presidente
Pururuca = chefe do escritório de projetos
Zé = Gerente de Projetos






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