Bem vindo...

A consultoria é um misto de conhecimento, muita informação, informação constantemente atualizada, empatia, percepção, sintonia interna e empatia, visão sistêmica, facilidade de encontrar caminhos e soluções, propensão e arte para a ação, novamente empatia, muito bom senso e muita facilidade de interação pessoal. Enfim, é simples, mas não é fácil!



O privilégio de não ser negão (Racismo e normalidade)

Peguei emprestado este texto do blog Papo de Homem (uma revista semanal de life style). O autor Alex Castro tem uma coluna que aborda esse tema com boa desenvoltura.
O texto é elegante, conciso, esclarecedor ao ponto de nos confirmar que no Brasil o conceito de raça existe sim, mas não é biológico e sim sócio-cultural-econômico. Pense nisso....


É impossível falar de racismo sem falar de normalidade. O racismo nada mais é do que uma implementação radical da normalidade. Só existe um “outro” que pode ser excluído porque existe uma normalidade intolerante que o define fora dela. Só existe racismo contra o negro porque ser branco é “normal”.
Vamos ver como isso funciona na prática.
De uma gota, extrapolamos o mar
De repente, aparece o Simonal e ela diz, empolgada:
– Meus deus, que negão lindo.
Daqui a pouco, de novo:
– Olha o charme desse negão, ele é o dono da plateia!
Eu não digo nada, mas abro os ouvidos. Ela também é fã do Roberto:
– Caramba, Alex, olha como esse homem era lindo. O que o tempo faz com as pessoas, meu deus?
Era batata. Quase todas suas referências (sempre elogiosas) ao Simonal destacavam sua raça – não chamando-o de “negro” (claro que não, aí pega mal) mas de “negão”, uma palavra que, dependendo do tom, virou apelido carinhoso.
Já em suas referências elogiosas ao Roberto, ele nunca foi chamado de “branco“, “brancão” ou mesmo “capixaba” ou “perneta“. Não: Roberto era sempre “ele”, “esse homem”, “esse cara”, “o rei”.
Assim como podemos extrapolar a existência do mar a partir de uma gota d’água, também podemos deduzir toda a desigualdade racial do Brasil só de ouvir atentamente uma típica brasileira falando sozinha durante um documentário.

Link YouTube | Trailer do documentário sobre o Simonal. Era ou não era um negão pintoso?
“Sou racista por me referir ao Simonal como negão?”
Se fosse interpelada, minha amiga ficaria imediatamente na defensiva:
– Pô, Alex. Sou fã do Simonal. Fomos ver o documentário da vida dele. Eu disse que o cara é lindo, fodão, dono da plateia, etc. E você vem me chamar de racista?
E eu responderia:
– Claro que não. Não chamo ninguém de racista. Isso não faz nenhuma diferença. Eu também falo assim. Quase todo mundo fala assim. A questão é que tipo de sociedade faz com que seus membros falem assim.
– Mas qual é o problema? Não posso chamar o Simonal de negão? Gente!, ele não era negão?
Então, vamos lá. Eu explico.
Pelo privilégio de não ser um “negão bonito”
Claro que ela pode chamar o Simonal do que você quiser. Ele não só morreu como já chamaram de coisa pior.
Mas é simples: enquanto nós, os brasileiros de todas as cores, na nossa fala cotidiana, sentirmos a necessidade de marcar, enfatizar, mencionar a raça do indivíduo negro, ao mesmo tempo em que NÃO sentimos a necessidade de marcar, enfatizar, mencionar a raça do indivíduo branco, então o branco continuará a ser sempre a norma, o normativo, o normal, a ideia paradigmática do brasileiro, enquanto o negro continuará a ser sempre um excluído, uma exceção, um outro.
Enquanto existir “o brasileiro” (que você fecha os olhos e visualiza branco) e “o brasileiro negro”, que é outra coisa, que é um qualificador possível de brasileiro, que é um tipo de brasileiro entre tantos outros brasileiros, continuaremos a ser sempre sempre uma nação racista.
Por que ela não disse “meu deus, que homem lindo!” ou “olha o charme desse cara” ou mil outras combinações? Por que, quando ela pensa no Simonal, “negro” ou “negão” já se impõem imediatamente como categoria?
Não, eu não estou culpando ela de nada. Não, eu não estou patrulhando minha amiga. Não, eu não estou proibindo-a de chamar o Simonal de “negão”. Não, eu não acho que ela seja racista, escrota, má pessoa.
Eu acho, isso sim, que ela, e eu, e você, crescemos em uma sociedade profundamente racista e desigual; que essa sociedade nos infectou desde cedo com seus valores e prioridades; e que essa sociedade existe através de nós e fala através de nós, uma sociedade que usa nossos corpos e mentes para se perpetuar através do tempo, e que somos seus cúmplices e possibilitadores mesmo quando discordamos dela.

Pequena história das relações raciais nos EUA, e no Brasil também.
(Eu sou ateu e falo “cruz credo” e “virgem maria” porque sou cidadão de um país profundamente cristão cujo único idioma é uma das línguas mais chovinisticamente cristãs do mundo. Quando a Igreja tentou impedir que os fiéis usassem os nomes de dias da semana baseados nos deuses pagãos e inventou do zero a sua própria nomenclatura, a língua portuguesa foi a única onde ela pegou. Todos os outros idiomas cristãos europeus ainda usam o sistema antigo, onde segunda é o dia da lua, logo Monday, Lunedi, Lunes, Lundi, etc. Ou seja, nossa língua é uma das mais carolas do mundo e até os seus falantes mais ateus não conseguem evitar completamente ser cúmplices disso.)
Então, o assunto aqui não é linchar minha amiga por ela “ser racista” ou impedi-la de falar do jeito como bem entende, mas simplesmente entender: por que ela, e eu e você, falamos assim? De onde veio isso? O que isso significa?
O que podemos aprender sobre o Brasil a partir do fato de que grande parte de seus cidadãos fala assim sem nem se dar conta?
Nada é mais difícil do que percebermos nossos próprios privilégios. É natural nos sentirmos a regra, a norma, o normativo: o outro é que tem menos, é que É menos.
(Uma das grandes diferenças entre homem e mulher: se você pergunta a um homem quando foi a última vez que sentiu medo de morrer, vai ouvir alguma história sobre uma aventura ou um quase crime acontecida meses ou anos antes; se pergunta para uma mulher, ela vai contar algo que aconteceu hoje de manhã ou ontem à noite. Para os homens, andar pela vida sem medo de morrer ou de ser estuprado é uma coisa tão normal que nem nos damos conta. Mas, do ponto de vista de uma mulher, esse é justamente um dos maiores privilégios masculinos.)

Link YouTube | Qual é a boneca feia??
Então, está na hora de nos darmos conta que um dos grandes, talvez o maior privilégio do brasileiro branco é justamente não ter sua raça mencionada, marcada, enfatizada o tempo todo.
O “outro” é sempre definido a partir do grupo ao qual pertence: “o negão lindo, “o japa esperto”. Só o normativo pode se dar ao luxo de não pertencer a nenhum grupo, de ser impermeável a rótulos. Ele é o único que pode dizer, na cara dura:
“eu sou só eu, um ser humano.”
E muitas vezes acrescentar, sem nem se dar conta da hipocrisia:
“como todo mundo.”
Esse é o enorme privilégio de poder ser “bonito” e não “um negão bonito”.
* * *
Continuamos a conversa em duas semanas, abordando de frente esse problemático conceito da “normalidade”. E fica uma pergunta, pra quem nunca pensou nisso: por que quase todos os personagens de anime são ocidentais e não asiáticos? Aliás, de que cor são os Simpsons? Por falar nisso, de que cor é a Turma da Mônica? Enquanto isso, você pode conferir outros textos que escrevi sobre racismo.

Novo ano, novas ações....

Olá...
De volta ao blog, neste novo ano que estamos iniciando. Apesar de já estarmos no terceiro dia ainda são válidas as mensagens que estou deixando abaixo. Uma fui eu quem fiz, a outra é de um grande amigo (Antonio Marmo) que, de tão tocante, resolvi compartilhar.



Para Reflexão

Quando 2011 começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Você podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia colocar um poema, um pesadelo uma blasfêmia, uma oração. Podia...
Hoje, ainda pode mas daqui a três dias não poderá mais; já não será seu. É um livro já escrito... Concluído.
Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes, e você não poderá corrigi-lo. Estará fora de seu alcance.
Portanto, antes que 2011 termine, reflita, tome seu velho livro e o folheie com cuidado. Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência; faça o exercício de ler a você mesmo. Leia tudo...
Aprecie aquelas páginas de sua vida em que você usou seu melhor estilo. Que sirvam de exemplo para o próximo livro.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito. Não, não tente arrancá-las. Será inútil. Já foram escritas. E com mais consciência também sirva de exemplo.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que lhe será entregue.
Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superfície do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o.  Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele.
Não importa ...
Ainda que tenha páginas negras, entregue ao Universo e diga apenas duas palavras: Obrigado e Perdão!!!
E lembre-se:

Quando 2012 chegar, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco, todo seu, no qual você irá escrever o que desejar... Não esqueça ...é teu e somente teu o teu livre arbítrio ...

FELIZ PÁGINAS NOVAS ...

Volto logo...

Como devem ter percebido, estou um pouco longe do blog. Parei um pouco...
Vou ficar sem me expressar por um tempo. Será necessário isso... É um tempo de reflexão.
Neste tempo pretendo ler mais, aprender mais. Um curso, uma pós graduação, um mestrado, acadêmicos ou vivenciais...
O fato é que este momento requer mudanças... Então, vamos lá.
Enquanto isso vou deixar umas dicas bem legais pra quem gosta de ler, de pensar, refletir, desde assuntos do mundo corporativo, relacionamentos, crescimento pessoal, dicas de como viver bem, ética, comer bem, diversão, com boas visões de pessoas bem preparadas profissionalmente e porque não dizer, humanas.
Acessem um site chamado saladacorporativa.com.br, é da amiga Claudia Klein e seus sócios/amigos/colaboradores. Vale a pena. Só não se acostumem tanto com a qualidade dos textos e dos assuntos, pois se não quando eu voltar encontrarei leitores muito exigentes...rs.... 
Mas a irreverência, com uma pitada de "non sense" misturada a assuntos corriqueiros, ainda poderá ser encontrada por aqui, de montão...he...he... 
Vou ali e já venho... até logo.

Franco da Rocha - cidade pitoresca

Aproveitando que nosso pequeno lugarejo virou notícia, vai aí um post que, inspirado, acabei escrevendo para homenagear essa nossa tão difamada cidade.



Onde moro pode-se ainda ver onça... 
Tem um ribeirão que vez ou outra aparecem por lá algumas capivaras... 
Uma reserva (Cantareira) que ainda tem seriemas e lagoas com pitus (camarões de água doce)... 
Um bairro chamado Mato Dentro que faz diviza com Atibaia, Jarinu, Mairiporã e Fco Morato, de onde dizem que um lobisomem anda por lá assaltando galinheiros... 
Cidade de gente simples que marca como ponto de encontro a estação de trem antiga no centro da cidade... 
Pra muitos é tida como cidade dormitório, onde a moradia é bem mais em conta e onde ainda existem terrenos sendo vendidos para construção da primeira casa própria... 
Lugar de encontro de migrantes de várias partes do país, com o predomínio de nordestinos, mas também tem por aqui paranaenses, goianos, mineiros e até cariocas, rs, e conheço um...
Daqui saem carregamentos de gente todos os dias a partir das 04:30 hs nos trens que distribuem, em cerca de meia hora, trabalhadores para essa São Paulo tão devoradora de  homens e mulheres, que ao final da jornada os devolve - homens cada vez menos homens e mulheres menos mulheres, moídos, carcomidos, esbagaçados de cansaço - de volta ao lar...
Já foi considerada cidade dos presídios, aparecendo nos noticiários revelando rebeliões em Febems e presos famosos internados nos manicômios não menos conhecidos... 
Cidadezinha que ainda é mais conhecida como a cidade dos loucos, mas loucos somos todos nós Francorrochenses, loucos por essa cidade que está tão próxima de São Paulo e tão arraigada nas coisas do interior do nosso Brasil...





Onça cinzenta, mais conhecida como Cougar ou Jaguar. 

A coitada assustada pelas queimadas em seu habitat, cada vez mais dizimado, num ato de desespero instintivo subiu o eucalipto e lá ficou amedrontada mais pelo Homem que pelo fogo...
Nossa cidade ainda tem esses sinais de vida selvagem... Mas até quando???

A internet, esse território estranho...

Você sabe o que é um hoax?



São notícias irreais sobre cura de doenças, especialmente câncer, diabetes e doenças cardíacas, geralmente através de plantas, frutas ou até mesmo água. 

Além é claro, de soluções muito simples para os mais diversos problemas domésticos, ladrões de órgãos em boates, prêmios que serão enviados em dinheiro, viagens, celulares ou laptops, novas dietas “milagrosas”, a DisneyWorld abrindo um novo Parque no Brasil, o fim do 13º salário, agulhas contaminadas com o vírus da AIDS nas cadeiras do cinema, morte ou acidente de certos artistas, os Estados Unidos retirando a Amazônia do mapa do Brasil, a carne do McDonalds sendo de minhoca, alguns novos vírus de computador, Bonsai Kitten, motivos para não tomar a nova vacina contra a gripe suína, o golpe do perfume em Shoppings, cancelamento da taxa de telefonia fixa, Projeto de lei que diminuirá a floresta amazônica em 50%, crianças desaparecidas, sequestradas ou doentes pedindo ajuda, o mergulhador resgatado na floresta em chamas, misturar refrigerante com limão faz mal à saúde, esqueleto humano gigante, Progesterex: a droga do estupro, filhotes de cães nascidos de gata, canetas BIC serem sondas espaciais de extraterrestres, insetos, ursos e crocodilos gigantes, o MSN, Orkut ou Hotmail passando a cobrar pelos serviços, acidentes de celulares ao abastecer veículos, a renovação da águia ao chegar aos 35 anos para viver mais 35, pirâmides para ganhar dinheiro, etc.
 



A inspiração deste tema surgiu por uma razão particular:
Um grande amigo meu (sem nomes, por favor) acabou ficando para fora, com o carro trancado e a chave na ignição e ele imediatamente lembrou desta falsa dica abaixo, tantas vezes circulada na internet:



Você já trancou seu carro com a chave dentro?
Seu carro abre com controle remoto? Bom motivo para ter um celular.
Se você trancar seu carro com a chave dentro e a chave reserva estiver em sua casa, ligue pelo seu celular, para o celular de alguém que esteja lá. Segure seu celular cerca de 30cm próximo à porta do seu carro e peça que a pessoa acione o controle da chave reserva, segurando o controle perto do celular dela.
Isso irá destrancar seu carro, evitando de alguém ter que ir até onde você esteja, ou tendo que chamar socorro. Distância não é impedimento. Você pode estar a milhares de quilometros de casa, e ainda assim terá seu carro destrancado.


Conclusão:
Ele seguiu a risca a dica, solicitou um auxílio da família e.... é claro: não funcionou!



Achei este link na internet falando sobre isso:
http://administrandoriscos.wordpress.com/2010/01/27/lenda-urbana-o-celular-do-chuck-norris/


kkkk....se você o abriu, verificou que este mito foi desmistificado num dos meus programas de TV favoritos Caçadores de mitos (Mythbusters), da Discovery Channel.





O programa não é infalível, às vezes falta um certo rigor mais “técnico/científico”, mas pelo menos sabemos que eles procuram testar grande parte dos hoaxes que circulam na rede, pois muitos são universais. A maioria das lendas da internet acabou sendo parcialmente ou totalmente desmascarada por eles. Veja mais detalhes em: 
http://www.discoverybrasil.com/web/cacadores-de-mitos/
http://pt.wikipedia.org/wiki/MythBusters


Geralmente procuro pesquisar as informações antes de reenviar para todos os meus contatos, pois sei que uma vez que esteja na rede, parece circular para sempre e é recebida como verdadeira pela maioria dos internautas.


Sobre o fato de alguém com a carteira de habilitação vencida há mais de 30 dias ter que passar por todos os exames novamente no DETRAN para renovar a carteira, esta informação também é falsa. Quem estiver com a carteira de motorista vencida há mais de 30 dias precisa pagar a taxa e apenas fazer o exame médico e o legislativo; o exame prático (na rua) não é necessário! Ocorreu com meu irmão então verifiquei!


Às vezes pode ser que alguma informação passe, afinal também me engano. Mas mesmo assim trata-se de uma exceção, procuro ser cuidadoso, pois a maior parte das informações é falsa e pode vir a prejudicar alguém que acredite nela.


Eu trabalho na área de Informática há um bom tempo, tentei me formar em Matemática com Ênfase em Ciências da Computação em 1998, tranquei a matrícula no fim do 3º ano por causa do casamento, acabei retornando em 2002 e me formei em 2005 em Sistemas da Informação, mas estou nessa área desde 1993, e por esta razão comecei a utilizar a internet há bem mais de uma década (nos primórdios) e ainda me recordo de um falso e-mail muito antigo dizendo que se você repassasse aquele para seus contatos, a AOL lhe rastrearia e lhe enviaria cheques pelo correio, ou algo assim. Eu nunca acreditei, mas... Recebi este e-mail mais de 50 vezes. Também existem versões sobre a Microsoft propondo o mesmo. 


Este rastreamento é impossível, jamais acredite nisso! Isso vale também para aqueles e-mails que dizem que se você repassar para seus contatos, alguns centavos vão para a doação numa conta criada para ajudar uma criança doente. Isso também não existe!


De vez em quando ainda recebo estes e-mails e a razão disso é que a cada dia novas pessoas começam a usar a internet e desconhecem estes hoaxes e pensam tratar-se de algo novo, real e o repassam. Por este motivo, faço um pedido:


Acredito que nós que estamos na internet há mais tempo temos o dever e a obrigação de facilitar o processo de quem chega. Além disso, se verificarmos as lendas antes de enviarmos, estaremos diminuindo o tráfego de e-mails falsos que contribuem para a desinformação.


Há algumas semanas eu saí com um pessoal e conheci um camarada muito divertido, feliz e completamente autêntico, mas muito diferente de mim em relação à internet, um "porra-loka" total. Eu até brinquei que ele seria meu “alter ego”, pois eu me preocupo tanto em procurar “verdades”, em querer ser politicamente correto o tempo todo, que às vezes acabo exigindo demais de mim. Muitas vezes gostaria de relaxar um pouco e brincar mais, ser um pouco mais “livre”, falar mais o que realmente penso, porém na maioria das vezes, me contenho. Enfim... Acabamos virando amigos, pois conhecer pessoas novas e diferentes faz com que a gente cresça com isso.

Estou comentando sobre este fato porque ele trabalha criando mitos e falsas notícias na rede.


A princípio fiquei interessado e não parei de fazer perguntas. Afinal, a minha curiosidade sempre foi: Como estas notícias começam? Existe alguma inspiração? É tudo mentira ou parcialmente verdade? Como surgem estas ideias? Quem as cria? Por quê?


Ele me contou que escreve por hobby para um site chamado Jornal Supimpa:
 http://www.jornalsp.net/editoria/capa/


Segundo ele, este “jornal” como o próprio nome sugere, se propõe a ser uma descontração apenas.
Se você clicar em Sobre, achará esta informação no respectivo site:


O Jornal Supimpa é um noticiário de humor online.
Todas as notícias publicadas aqui são fictícias e criadas com o único propósito de fazer o leitor rir.
O Jornal está de brincadeira e usa a ironia e o sarcasmo como vetores do humor.
Não leve a sério as publicações aqui presentes, elas não correspondem com a realidade.


Se isso não bastar, dê uma olhada na tal Equipe e se conseguir, contenha o riso. 


O site deixa bem claro que é tudo irreal, invenção, não passa de brincadeira. 
Muito 10!
A internet existe para isso mesmo, para que cada pessoa possa expressar a sua individualidade e vamos confessar, o site é bem criativo e provavelmente serve como forma de entretenimento para muitas pessoas! Mas...
O problema surge quando as pessoas copiam o seu conteúdo e começam a repassá-lo como verdadeiro.


Como pode alguém acreditar que “Dieta do risólis faz sucesso no interior paulista”?

http://www.jornalsp.net/jornalsp/capa/dieta-do-risolis-faz-sucesso-no-interior-paulista/


Ou que “Projeto de lei proibirá a venda de frango assado no interior de São Paulo”?
http://www.jornalsp.net/jornalsp/capa/projeto-de-lei-proibira-a-venda-de-frango-assado-no-interior-de-sao-paulo/


Ou ainda que “A marchinha de carnaval “Cabeleira do Zezé” será declarada patrimônio histórico da humanidade”?
http://www.jornalsp.net/jornalsp/capa/a-marchinha-de-carnaval-%e2%80%9ccabeleira-do-zeze%e2%80%9d-sera-declarada-patrimonio-historico-da-humanidade/

Eis um dos colaboradores do Jornal: Sidney Welson - Diretor de Redação



Ele comentou até sobre um processo recebido devido a uma “notícia” criada no site ter sido vinculada num canal de TV. Mas eu me pergunto:
Cumé que uma televisão brasileira pode buscar como fonte de notícia um site de humor?
Por isso, fica o alerta, cuidado ae caboclo com o que você vê na internet e na TV!
Nós devemos usar nosso senso crítico sempre! Filtre não apenas as informações, mas principalmente as fontes.


Ele comentou também que colocou uma foto sua de quando era criança na rede como se fosse uma criança desaparecida e está esperando para ver quando receberá este email de volta.


O cara é um espírito livre, dinâmico, extremamente criativo e que está fazendo uso de sua liberdade de expressão. De certa forma acredito que o entendo, embora sejamos tão diferentes. Eu comentei com ele que eu não teria coragem de fazer o que ele faz. Tem que ter bastante cara de pau...rs... humor ao extremo e muita coragem de escrachar as coisas, lidar com coisas sérias brincando.  

Vamos ao que importa:
A primeira coisa que faço ao receber um email sobre crianças desaparecidas é verificar se é novo, pois já recebi os mesmos dezenas de vezes. Se for novo, tento enviar um e-mail para o endereço designado, caso haja um. Se não houver, tento telefonar para o número deixado para contato e até hoje nunca deu em nada, ambos simplesmente não existiam. Era apenas uma brincadeira? Ou os pais acharam a criança e tiveram que mudar de email e de fone pois cansaram de receber ligações? Sei não. Geralmente fico sem saber, mas creio que a maioria é falsa. Então... Que tal você verificar o conteúdo dos emails antes de repassá-los? Não se deixe levar pelo apelo: se fosse seu filho você reenviaria... Esta frase não torna o email verdadeiro.


No caso dos novos vírus de computador, existem muitos falsos emails também.


Alguns até pedem para você pesquisar a existência de certo arquivo no seu micro e se estiver lá, pedem para você deletá-lo imediatamente, só que às vezes trata-se de um arquivo de sistema do próprio Windows e ao fazer isso, você acaba com seu sistema operacional e nada mais funciona em sua máquina. Cuidado, pesquise antes de agir!
Além do mais existem muitas vacinas gratuitas na internet, baixe uma, instale e se proteja!


Em qualquer caso, uma simples pesquisa no Google pode te ajudar muito!


São tantos os assuntos, mas prometo comentar apenas mais um, pois acredito ser um dos mais importantes.


No ano passado recebi um email comentando que o chá de graviola cura o câncer, mas pesquisei e nada foi comprovado!


Esses dias uma conhecida minha me veio com essa, recebeu um email falando sobre a cura do câncer através do uso de uma planta chamada avelós.
Fiz uma busca e...




Quando coloquei o nome avelós para pesquisar na rede, não demorou muito e encontrei a disseminação desta lenda, existiam dezenas de sites. Alguns com muitos depoimentos de cura, com nomes de pessoas ou apenas iniciais e as suas cidades, mas nenhuma informação de como contactar estas pessoas para verificar, ou seja, nada de concreto.
O pior é que se trata de uma planta tóxica, então...
Este foi o link que me interessou, pois é o depoimento de um médico oncologista e mais uma vez, “um mito da internet é desmascarado”.

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090311095749AAFBEvQ

Mas outra dica que dou é também não acreditar nas respostas dadas com toda a certeza em sites de perguntas e respostas como o do Yahoo...rs... Nem sempre tem como comprovar a profissão ou o nível de formação de quem está respondendo. O Wikipedia também é suspeito, pois qualquer um pode postar fatos irreais ali..rs....

Na verdade, não precisaríamos da internet neste caso, pois com certeza uma notícia deste porte já teria sido vinculada em toda a mídia séria mundial, não é mesmo?
Mas na dúvida, consulte seu médico e/ou sites confiáveis.
Existe tanta ânsia em querer ajudar, que a maioria das pessoas já espalha sem ao menos ter a dúvida de que possa não ser real. Acredito que existem mesmo pessoas com disponibilidade em auxiliar, por isso que essas coisas se espalham, mas acredito também que tem bastante gozadores, que querem provar que a Internet é realmente um território Fake e portanto espalham as falsas verdades para comprovar essa ideia.

Deixarei alguns links que talvez possam nos ajudar, pois alguns sites foram criados para tratar especificamente destes hoaxes. São eles:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_urbana
http://teteraconsultoria.com.br/blog/lendas-e-mitos-da-internet-falso-ou-verdadeiro/
http://www.quatrocantos.com/lendas/
http://www.ofimdavarzea.com/lendas-urbanas-que-cresceram-com-a-internet/
http://idgnow.uol.com.br/internet/2007/05/11/idgnoticia.2007-05-10.5490328067/paginador/pagina_5
http://sergiohenrique.eng.br/uploads/Site/poderpalavra.pdf


Não estou querendo dizer que estes links citados acima, desmascarando as lendas da internet sejam 100% confiáveis, leia seu conteúdo e tire as suas próprias conclusões, ok?


Ou faça os testes você mesmo, caso seja algo simples de verificar, he... he...


Por um pouco mais de Vida

Ótima iniciativa para a melhoria deste nosso mundão. Assista, vale a pena...
Espalhe essa ideia.

Sou dependente de uma Independência real

Independência ou morte. Lá atrás, no tempo do guaraná com rolha escreveram isso na história do Brasil.
Era uma época estranha, tinha gente que trabalhava amarrada a correntes de ferro fundido. Não recebiam salário e seus pais, filhos e toda a geração descendente desses, trabalhavam juntos para um mesmo senhor.  


Época de grandes latifúndios (ah, não lembra disso? puxa... quarta ou quinta série, faz tempo né...rs...) onde os fazendeiros é que mandavam apoiados numa politicagem parceira e só governavam para os próprios interesses. Xiii, não é muito diferente de hoje, né.... 


Pois é.... Nessa época fizeram um teatrinho lá perto do Ipiranga (um riacho em Sampa que hoje nem se enxerga mais, virou esgoto canalizado). Um tal de D. Pedro, que se dizia filho do rei, estava passando por São Paulo e recebeu uma carta com um puxão de orelha que seu pai, el Rei, mandou por intermédio de um courier, dizendo que deveria ir já pra casa... Essa casa era num país distante, antigo, de sete séculos de existência, do outro lado do oceano. 


Continuando essa estorinha, o Pedrinho embirrou-se e disse que não ia, bateu pé e foi apoiado por um pessoal barra pesada....O Pedro andava em más companhias, andava com aqueles cabras que adoravam escravizar pessoas diferentes na cor (um povo nobre vindo de terras distantes, muitos eram inclusive reis que perdiam suas batalhas e eram vendidos junto com sua família e seu povo como se fossem espólio de guerras aos brancos mercadores). Acredite, essa turma barra pesada eram os mesmos fazendeiros dominantes que quiseram manter o "status quo", pois viram e temeram o restante da América se libertando e revolucionando o colonialismo.  


Esses cabras latifundiários sentiram medo do processo de libertação hispânica da América do Sul e fizeram uma futrica com o Pedrinho e não deixaram ele se mandar pra casa dele em Porto Cale. Vai que a moda sulamericana pega por aqui e tudo fica diferente. Costuraram uma trama legal pois nem exército existia, como romper bruscamente com a coroa que era dona do exército?


Uma Independência assim era bem conveniente às classes dominantes. É  de revoltar um povo, né....
Até se tentou antes da "Independência" revolucionar o "modus vivendi" colonial. Poucas revoltas surgiram aqui e ali. Alguns anos antes enforcaram e esquartejaram um representante de uma dessas revoltas, o mais fraco socialmente, que não tinha nem dinheiro e nem influência suficiente pra se safar como os outros revoltados fizeram. 
Esse Arrancador de Dentes era exemplo de uma imitação de classe média ainda surgindo, que não era pobre (pelo menos era livre, não estava amarrado a uma corrente), mas também não vivia na corte, não tinha título nobre, apenas o idealismo inocente apregoado pelos intelectuais da época que se inspiravam no Iluminismo tão em moda no resto do mundo (primeiro mundo, claro). Mas a grande verdade é que se revoltavam pela cobrança excessiva de impostos por parte da corte (ao menos isso, né... hoje em dia nem revolta existe mais, impostos sim, e cada vez maiores).


A ideia de Independência foi surgindo nas cabeças desses brasileiros de classe dominante através dessas revoltas, que os fizeram entender que pagar impostos para a Matriz era um erro. Mas deturparam essa intenção que até então havia nascido nobre. Os impostos impediam que o Brasil ganhasse condições mais sociais de crescimento, pensava-se em uma melhor distribuição de nossas riquezas, nosso ouro deveria ser de todos e não de um reino do outro lado do oceano. Porém na politicagem tudo se resolve olhando pro próprio bolso e a Independência seria apenas um instrumento de mudança, mas uma mudança apenas de cofres. Sairia o cofre dominante europeu e entraria o cofre dos grandes produtores bem defendidos e representados pelos homens políticos, os amigos do Pedrinho. Onde a riqueza já existia tornou-se ainda maior. A pobreza e a escravidão se mantiveram, e essa última ainda perdura até os dias de hoje em certos lugares, ou melhor, sou capaz de apostar que essas duas ainda permanecem até os dias de hoje como frutos de um apartheid social que perdura como no colonialismo.

Bom... Por que estou relatando essa Historinha Avacalhada
Simples, apenas estou mostrando de uma forma diferente algo que é ainda igual nos dias de hoje. Continua a mesma coisa. 
Ainda somos dependentes de um desenho social semelhante ao colonialismo. Temos uma identidade como nação, mas internamente continuam as mesmas relações entre latifúndios e empregados, entre contribuintes de impostos e um gigantesco estado que está apático as suas mazelas (corrupção e partidos que só enxergam os interesses próprios e do mercado).


O país tem hoje muito mais Tiradentes (sem no entanto o espírito de revolta), porém os escravos ainda estão por aqui e são muitos também.  


Independência só existe com igualdade social, sem querer chover no molhado, pois acho que muitos já estão cansados do mesmo discurso.
Então, expondo de uma forma diferente: Independência só existe mesmo com inserção justa em nossa sociedade de povos que foram retirados de seus locais de origem (índios e negros), que foram explorados e humilhados tão intensamente, que esses se desmontaram como grupos de raças de diversidade cultural tão rica que pouco se lembram de suas raízes. 
Independência só existe com aplicação correta dos impostos que nos são empurrados garganta a baixo, com retorno visível das nossas riquezas aplicadas pelo menos em áreas básicas como saúde, educação e saneamento.
A Independência na verdade de que necessitamos é da situação de povo subdesenvolvido e explorado. 
Será que conseguiremos? Pense nisso neste 7 de Setembro.

Feliz Sédessetembro!!!

Milton Ramos