Bem vindo...

A consultoria é um misto de conhecimento, muita informação, informação constantemente atualizada, empatia, percepção, sintonia interna e empatia, visão sistêmica, facilidade de encontrar caminhos e soluções, propensão e arte para a ação, novamente empatia, muito bom senso e muita facilidade de interação pessoal. Enfim, é simples, mas não é fácil!



Escrever e coçar...



Pra começar basta rabiscar, seja com lápis, caneta, teclado, varinha na areia, giz, grafite no muro...
A vontade tem que estar presente. Inspiração? O que é a inspiração para escrever? A isso costumo dar o nome de "cara de pau". Tem que ter um pouco de cara de pau para escrever sobre qualquer coisa, no sentido de perder a vergonha, não hesitar e nem pensar no que irão achar do conjunto da obra escrita. Mas escrever tem sempre um propósito que pode ser expressar suas ideias, criar polêmica, fazer pensar... Então quando digo para não se preocupar e ter cara de pau para escrever não pretendo descartar qualquer responsabilidade com isso. 
Fazendo uma analogia, você é aquilo que escreve, mas não deve se deixar atingir pelo que pensam do que escreve. Deve sim fazer muita gente pensar, isso é o que realmente importa.
Mas será fácil escrever? Não, fácil não é... 





Precisa ter uma bagagem gramatical ao menos, pode ter um estilo literário, mas não é obrigatório. Deve ler muito, ler de tudo, sem preconceito, sem se ater a gostos literários, ler até bula de remédio... rs...
Claro que criatividade ajuda bastante, ou a ideia e o conteúdo já formados também... Saber sobre o que está se falando, conhecer a fundo o que se propõe como tema é primordial.

Escrever é um ato de pura liberdade, onde os ventos sopram em todas as direções. Ser consciente do magnetismo e força que a palavra escrita tem é uma percepção totalmente libertadora do ser humano. Coisa que nenhum outro ser vivo possui.
Porque estou dizendo isso? 
Simples, estou voltando a escrever no blog, postando algumas coisas que não são minhas e no meio dessas colocando algo meu: um simples comentário, uma costura de ideias ou mesmo uma composição dos assuntos de forma que um se acople no outro (não sendo ambos de minha autoria), enfim, refletindo o que acho, penso, sobre tudo e sobre todos. O Blog terá textos meus também, mas na maioria das vezes será em referência a assuntos voltados ao mundo corporativo, alguns raros textos versarão sobre realidades distintas.
Portanto, boa leitura a todos. Aproveitem que é de graça... rs... 
Pode opinar também, esse é o direito que mais aprecio - dar sua opinião mesmo contrária a minha - e defenderei isso a todo custo, como se fossem minhas as suas ideias expostas.



REPITA COMIGO: NÃO VOU RECLAMAR DO MEU TRABALHO, NUNCA MAIS...

Só para descontrair um pouco.
Essa postagem é pra vc que vive reclamando do seu serviço...rs... 
Pare, pense, compare e agradeça a seu chefe as suas condições de trabalho...he...he...

Você acha que se arrisca demais à toa?

Não está conseguindo trabalhar em equipe?

O seu serviço é um obstáculo para a empresa?


Seu trabalho te faz pagar mico?


Não sabe bem onde está se metendo?



Seu serviço é algo sujo,mas que alguém tem que fazer?


Tá achando que seu serviço é pesado?


Constantemente acha que tá num buraco?


É só vc quem põe a mão na massa?


Queria ser um artista?


Não gosta de captar opiniões sobre o produto que trabalha?


Tem algo que não tá cheirando bem no seu serviço?


Não está encontrando prazer em suas tarefas?


Seu ambiente de trabalho é desorganizado?



Então amigo... pare de reclamar, pois se acha que buscar mais fundo as oportunidades,


irá te trazer mais conforto, como o testador de caixões abaixo?



Está redondamente enganado... Nada te trará mais estabilidade, aliás, estabilidade em empregos não existe mais...






Relações trabalhistas, gestão de carreiras, empreendedorismo na visão de um Consultor

Essa postagem traz um conteúdo mais voltado para a real dimensão das novas relações de trabalho. 
Waldez Ludwig é um palestrante formado em Psicologia, Análise de Sistemas e Artes Teatrais. 
Com esse perfil bem diversificado, o cara manda bem na comunicação conseguindo motivar e ao mesmo tempo instruir sobre as melhores práticas empreendedoras, trabalhistas e em relações profissionais.
Abstraindo um pouco do teatro que ele acaba realizando nessas palestras (faz parte do show), pode-se assimilar conceitos que parecem a primeira vista bastante radicais, mas em uma segunda olhada é bem consciente.  
A grande sacada de suas dicas é a enfase na pessoa, o profissional como figura central e transformadora de uma empresa. Então conceitos como inovação, talento, estratégia, excelência na gestão de pessoas e empreendedorismo são materiais bastante fartos nas suas palestras. 
Tomei contato com esse Consultor através de um vídeo que uma amiga e companheira de trabalho me enviou por e-mail, então pesquisei os diversos trabalhos que ele realiza e temos abaixo uma amostra em vídeo de uma mesa redonda realizada no programa Sem Censura da TVE.
Se pesquisarem encontrarão mais palestras no youtube. Poderão dar uma olhada também no site http://www.ludwig.com.br.



"Pai, começa o começo!"



Essa é mais uma postagem com texto não inteiramente meu, mas o momento é todo especial e pede uma mensagem assim...
Hoje eu sou pai e sei bem o que é isso, mas além de ser pai eu sou filho. Muitas vezes um filho fazendo o papel contrário, sendo pai, ou ao menos tentando ser um pai pro meu próprio pai. O tempo passou e os papéis se inverteram, como acontece em muitas famílias onde os filhos cuidam de seus progenitores, pra mim está acontecendo o papel duplo filho-pai, pai-filho...
Mas as relações paternas não se restringem apenas aos laços sanguíneos, temos muitos pais ao longo da vida, e somos pra muitos também. Tento ser para alguns, sem no entanto me impor, tenho alguns também, portanto me aconselho e dou alguns conselhos... 
É no local de trabalho onde mais encontramos essas relações. 
Esse texto é em homenagem a alguém por quem não cheguei a ter necessariamente essa relação, não tanto quanto a maioria no meu serviço. Não porque eu não quisesse, mas por alguma falta de oportunidade... talvez por eu ser mais velho, ou por ter ganhado dele no tenis...rs... não rolou...



"Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...
        Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
        Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
        "Pai, começa o começo!". Ele não só "começará o começo", mas resolverá toda a situação para você.
        Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: "Pai, começa o começo!".

Autor desconhecido
 Go Ahead...

Você é hands on?

Essa é mais uma postagem do amigo Max Gehringer, escritor, palestrante e meu conterrâneo, pois é também de Jundiaí. Acredito que esse texto já é um pouco conhecido, porém vale a pena ler de novo, reflete bem a realidade das contratações nesse nosso Brasil. o Max tem essa capacidade de em simples linhas descrever o cotidiano corporativo de forma bem clara e divertida, porém com aquela pitada de acidez caricata que torna o texto uma reflexão a parte. Atualmente ele ministra palestras sobre motivação e liderança. Bastante requisitado em palestras para grandes empresas e sindicatos. Está até num quadro do Fantástico que trata das negociações e acordos que podem ser feitos sem que haja a necessidade de um Júri. Quero um dia ter a articulação desse rapaz. Tá, já sei - por que eu não escrevo os meus próprios textos aqui nesse blog - vocês devem estar se perguntando. Quero tornar esse blog um canto no cyber espaço em que possamos aprender e dar dicas de como sobreviver nessa selva das profissões em grandes cidades. Bom, por enquanto vou acumulando histórias interessantes que vou apanhando por aí, mas dentro em breve, sobrando um tempinho, com certeza voltarei a escrever e a colocar minhas impressões e observações do mundo, sobre empregos, consultoria, dia a dia e muitas outras coisas.
Por enquanto vamos refletir um pouco. Boa leitura a todos.




Será que é a quantidade de títulos acadêmicos que importa?




Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais.
E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on.
Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico.
Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido. E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...                                                                                                                          
Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno.
E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.
- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde.
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
- Não, não. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
- Fabiana, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
 - Hands on. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando em duas facções:
1- Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não tem as qualificações requeridas.
2- E o outro grupo, pequeno mais crescente, é o dos que são admitidos mais porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mais não poderão usar nem metade delas. Por que no fundo a função não precisava delas. Alguém ponderará- com justa razão- que a empresa estará de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.
Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha.
Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria a nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel. Mas pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas
Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada a Van da empresa pifou.
Com isso antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no milagre do especialista, o Cleto motorista da Van.
E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava fazendo Pós Graduação, só que nem sabia abrir o capô.
Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta,
Para horror de todos, ele falava (nóis vai) e coisas do gênero.
Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a Van para funcionar.
Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.
Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz: O que é capaz de resolver, mas não de impressionar.

Crônicas Corporativas

De volta ao blog com temas voltados ao mundo corporativo, temos algumas crônicas que poderiam ser contadas em rodas ou reuniões. Trazem uma caricatura das situações que além de descontrair fazem refletir. Cada um na sua profissão, com seus líderes e gerentes, de certa forma já passou por isso. Não indiquei os autores pois esses não possuem, já devem ter caído no domínio público ou cada um que vai contando aumenta alguma coisa, estou reproduzindo conforme a ultima versão que encontrei..he..he...

Ah, tem também uma novidade, se olhar no canto inferior direito do blog (opaaa... direito, esquerdo, superior, inferior, onde estou... rs.. logo abaixo dos peixes...) vai encontrar um cantinho do PodCast com algumas matérias do Ricardo Vargas. Na minha opinião é um dos melhores "explicadores" da relação corporativa que tange Gerenciamento de Projetos e Consultoria. Vale a pena ouvir seus Podcasts, que tem em média 5 minutos e são bastante elucidativos, curta as dicas. Quem sabe um dia eu também não monte um serviço desses, pra dar dicas sobre algumas áreas em que estou me especializando... quem sabe...
Boa leitura...


kein teinku tein mê dô

Uma nova doença chamada “kein teinku tein mê dô” (ainda sem tradução para Português) foi descoberta recentemente por um grupo de cientistas japoneses. Ela vem se alastrando rapidamente entre os executivos do alto escalão em grandes organizações e está sendo conhecida como a doença do executivo do século 21. Veja abaixo seus sintomas e avalie seu grau de exposição para desenvolvê-la.
No primeiro estágio da doença, o executivo olha o ”bléquibéuri” insistentemente como se procurasse algum furo para enfiar a sua cabeça ou aquele botão que faz a mágica do desaparecimento sempre que um funcionário quer discutir algum ponto mais delicado sobre seu trabalho. Este é o primeiro estágio do contágio da doença. Nele, os sintomas ainda são leves e há grandes chances de recuperação se o diagnóstico for feito precocemente.
O segundo estágio da doença se manifesta através de diversos episódios de  alucinações e amnésia, como: inventar pauta e serviço que não se esperava fazer para apresentar em um comitê executivo que não deveria existir, pois ele mesmo esqueceu-se de avisar para todos os integrantes do olimpo sobre a sua decisão de acabar com o comitê. Neste estágio, os sintomas são mais fortes e as chances de cura diminuem dramaticamente a cada episódio.
O terceiro e mais grave estágio da doença é marcado por episódios recorrentes e alternados de todos os sintomas citados anteriormente que, com o tempo, se tornam mais frequentes e de maior intensidade, como: exaltar seu orgulho pelo trabalho feito por sua equipe, mas achar que é melhor não divulgar o trabalho, pois outros executivos podem não entendê-lo. Ou, em crises agudas da doença, um diretor achar incrível a proposta de um projeto feita por seus funcionários, dar feedbacks, pedir ajustes no projeto e na reunião de aprovação, ele dizer: - “O projeto está muito consistente e coerente com tudo o que acreditamos. Por mim está excelente!”
O funcionário então faz a pergunta fatal que desencadeia a crise: - “Obrigado, senhor. Então, podemos começá-lo como planejado?”

Neste momento o diretor olha o “blequibéuri” procurando aquele famigerado botãozinho e diz: - “Hã?! começar? O que? Joaquim, você vai neste almoço que o Manoel marcou? É hoje?”

O funcionário, meio confuso, pergunta novamente: - ”O projeto, senhor. Podemos começar?”

Diretor: -“Projeto? Joaquim, aonde vai ser o almoço? Você vai de carro?”
Funcionário: -“É, senhor, o projeto!”

Diretor: - “Mas… quem aprova?”





Quem tem o Berimbau Maior?

Esta é uma daquelas histórias incríveis que mereceria ser contada numa mesa de bar, tomando aquele chopinho bem gelado. Ela aconteceu há uns 10 anos atrás com um amigo, que para preservar sua identidade, o chamaremos apenas como “Zé”.
 havia sido contratado para trabalhar em uma multinacional norte-americana de grande porte para cuidar de alguns projetos. No seu primeiro dia de trabalho foi com seu chefe, doravante denominado apenas como “Pururuca”, a uma reunião com o Sponsor daquele que seria seu principal projeto. O  foi todo pimpão para conhecer seus “clientes internos” e chegando na reunião foi se apresentando quando percebeu que ninguém respondia aos seus apertos de mão e sorrisos. Naquele momento, o  percebeu que havia algo errado. Os participantes se preparavam como quem se prepara para uma guerra. Soldados do chefe Pururuca de um lado da mesa e soldados do Sponsor do outro. Após 30 segundos de silêncio absoluto e olhares profundos, iniciou-se o dialogo entre o Sponsor e o chefe Pururuca, dando o tom da reunião.
Sponsor: - “Pururca, não aguento mais sua incompetência! Eu preparei um dossiê do Projeto Alpha e vou levá-lo ao VP!”
Pururuca: - “Que se f… (píííí) este seu Dossiê! Se o projeto está com problemas, a culpa é sua que muda o escopo toda hora! Não precisa levar para o VP, pois já falei tudo isso a ele!”
Neste momento, o Zé pensa com seus botões: - “Ai meu Deus… O que eu estou fazendo aqui?”
Sponsor, gritando com sangue no zoio: – “Ah, entendi! Você quer medir quem tem o berimbau maior? Vou te mostrar agora!!!”
O Zé fechando os olhos com toda força e com a mão na cabeça, diz: “Ai seu moço, não mostra este negócio aqui não!!!”
Sponsor, com voz decida de quem sabe o berimbau que tem: - “Reunião encerrada! Pururuca, não tenho mais o que falar com você. Me aguarde!”
No dia seguinte, o Zé descobriria quem tinha o berimbau maior… E não era o chefe. O chefe foi demitido e uma reunião de toda a equipe (umas 150 pessoas) com o VP foi convocada de emergência.
VP em tom solene abre a sessão plenária: – “Senhoras e senhores, como já deve ser de conhecimento de todos, o diretor Pururuca foi demitido hoje. Vocês sabem porque?  Por causa de todos os acontecimentos do projeto Alpha.”
Plateia: – Kri, Kri, Kri (silêncio total)
VP olha todos a sua volta e pergunta com a voz fria como aço: – “Quem é o responsável por esta DESGRAÇA deste projeto Alpha?”
O Zé, coitado, em seu segundo dia de trabalho, no fundo da sala, olhando para os lados desconfiado, levanta a mão e responde: - “E…E…Eu, Senhor?!”
VP, gritando alucinadamente retruca: “ESTA É A SUA ÚLTIMA CHANCE DE FAZER ESTE PROJETO DAR CERTO! ENTENDEUUU???? A DATA É NOVEMBRO, N O V E M B R O!!!! OUVIU? JÁ FRITEI O PURURUCA E VOU FRITAR QUEM MAIS FOR PRECISO SE ESTE PROJETO NÃO SAIR.”
O Zé, em tom militar: - “Sim, Senhor! Claro, Senhor! Tudo o que quiser, Senhor!”
Ao sair da sala, o Zé ouviu muitas palavras de apoio e conforto como: - “Caraca, véi! Cê tá f…(pííí). Este projeto é enrolado, pacas! Liga, não… Eu mesmo já fui mandado embora por ele umas 8 vezes. Daqui a pouco ele esquece…”
Bem amigos, vocês devem estar se perguntando… E o Zé? O Zé entregou o projeto em Novembro como o VP queria, mas ele nunca esqueceu o tamanho do Berimbau do Sponsor. Tanto que até hoje, 10 anos depois, o Zé corre só de ouvir ao longe uma roda de capoeira…
Sponsor = patrocinador do projeto, entusiasta que conhece toda a rotina da empresa e sabe o que o projeto pode proporcionar de melhorias à empresa.
VP = simplesmente o Vice Presidente
Pururuca = chefe do escritório de projetos
Zé = Gerente de Projetos






Mundo Paralelo nas Corporações

Este texto vem bem a calhar...rs... Garimpado nas mais longínquas profundezas da net, tem todo o tempero do que podemos chamar de corporativismo contemporâneo, com todas as suas modas e tendências revolucionárias que no fundo.. no fundo.. sempre sobra pro Zé...
Boa leitura... Ótima reflexão...


Vocês se lembram do Mitzplik?
Ele era aquele vilão do desenho animado dos Super Amigos que vivia em um mundo paralelo: – o mundo de bizarro! Ele vivia tentando transformar a terra e as pessoas em bizarros. O único antídoto era fazê-lo dizer seu nome ao contrário: Kilpztim!
Nosso mundo corporativo estão repletos de Mitzpliks, transformando o mundo real em um mundo paralelo, cheio de loucuras e bizarrices, invertendo a realidade, criando verdades que só existem em suas cabeças e construindo suas próprias interpretações.
Certa vez, um alto executivo ao ver o resultado muito ruim de uma daquelas pesquisas de clima organizacional, disse: - ˜Pessoal, acho que vocês não entenderam o objetivo desta pesquisa. Uma nota ruim prejudica a vocês mesmos. Esta nota não reflete o clima real de nossa área, a questão é que vocês são exigentes demais com vocês mesmos˜.
Bem, se a pesquisa de clima não representa o clima… ela representa o que, então? Tá achando estranho? Então confira a continuação desta história…
“Quem faz o clima de trabalho aqui, senhoras e senhores, são vocês. Então, se tem algo errado, a culpa é de todos. Então, sugiro que vocês se reúnam em grupos, discutam e definam os planos de ação que a gestão deve implementar para a melhoria do clima de trabalho!˜
Quando eu ouço coisas como esta, eu penso: Pé Pé Péraê! Deixa eu entender uma coisa: – Os próprios colaboradores é que vão definir os planos de ação para resolver os problemas de gestão? Será que este cidadão acredita mesmo nisso? Parece que sim… E todas as pessoas também, pois elas se voluntariam para montar os grupos e discutem fervorosamente sobre o desconto na academia, o bolo para os aniversariantes do mês, as recomendações de que os gestores devem falar mais parabéns e obrigado, etc e tal! Enquanto isso, os problemas e os chefes ficam escondidos… E no ano seguinte, Voilà (Voá-la, com biquinho e tudo) – Adivinhe! Nota ruim de novo!!!
Agora sim, moçada, a culpa é de vocês mesmos que fizeram os planos de ação…
Que tal começar hoje mesmo a falar seu nome ao contrário? ¿ Kilpztim